Olhamos,
aprendemos e pensamos por partes. Mas a vida é um todo integrado. Assim como o
nosso corpo é um sistema de células funcionando em interdependência, tudo o
que nos cerca também pulsa dentro de um corpo-mãe bem organizado. Somos uma
partícula deste grande corpo que funciona em estado de inter-relação,
abrangendo fenômenos físicos, biológicos, psicológicos, sociais e culturais. Se
uma célula adoece, o todo enfraquece. Mesmo que não possamos visualizar tudo em
sua integralidade, ainda podemos vislumbrar as relações que nos agregam a esse
grande corpo da vida.
Em uma época em que há tanto disponível nas prateleiras, pode parecer desnecessário criar algo com as mãos. Esse labor, no entanto, vai ao encontro de uma necessidade mais profunda: a reconexão com processos que se ligam à essência da própria vida. Mais do que o resultado material das atividades, o que importa é a transformação vivenciada no interior do próprio ser humano.
“Os pais terrenos oferecem proteção e ajuda para a época que o espírito necessita, a fim de conduzir de maneira plena e autorresponsável seu novo corpo terreno; depois, porém...”