“Biltis seguiu caminhando. Doce fragrância de rosas, jasmim e amêndoas pairava no ar. Pequenos e coloridos passarinhos esvoaçavam entre os galhos, e os arbustos cobertos de flores estavam envolvidos por enxames de abelhas, besouros e borboletas. Ela sentia, tão forte como nunca, o misterioso encanto da natureza que a envolvia e a ligava estreitamente com todas as criaturas. Milhares de melodias, que em geral não eram ouvidas pelos seres humanos, soavam em seus ouvidos…”
Roselis von Sass, Sabá, o País das Mil Fragrâncias
Veja aqui o vídeo sobre a obraEm nosso contexto, é raro haver silêncio interno e externo. Internamente, cada um está com a mente repleta de palavras: um fluxo incessante de pensamentos, que dificultam perceber o significado essencial. Ao mesmo tempo, não abrimos espaço para ouvir: mal escutamos o que vem de fora, especialmente se não confirmar nossas ideias, logo pensando em como defender a própria visão. Assim, a palavra frequentemente confunde e separa, em vez de servir de ponte para a autêntica comunicação.
"Tentar subir às alturas sem fazer pontes firmes é como ver um filme avançando sempre as partes menos importantes no anseio de se chegar ao fim. Quando se vê, no descuido do afã, perdeu-se sem querer a própria história, com suas pequenas e entretecidas ligaduras.
Uma teia de costura falha, só no alinhavo, com pontos longos e distantes que, ao menor sacolejo, se rompe inutilmente."
Caroline Derschner
"Consideremos, pois, como deve ser na Terra, e não como é agora. Então, todo o espiritual na Terra se assemelharia a um líquido límpido que se encontra em constante movimento circular e assim permanece, a fim de que não absorve ou até mesmo enrijeça.
Pensai também num riacho alegremente murmurante. Como é deliciosa sua água, como é refrescante e vivificante, oferecendo ruptura a todos os sedentos e com isso trazendo alegrias e realizações vitórias no caminho que segue.”