Todo dia ela
faz tudo sempre igual, me sacode às seis horas da manhã,canta Chico Buarque na música Cotidiano.Alguns
defendem a importância da rotina como geradora de segurança e estabilidade.
Outros desejam ardentemente uma fuga de suas rotinas pesadas. Muitos acreditam
que a vida é curta para ser vivida apenas nos finais de semana. Entre alguns
perigos, como deixar-se levar por uma rotina que engole o tempo ou entregar a
direção da própria rotina para um piloto automático, viver o agora com
intensidade pode ser uma forma de revalorizar o cotidiano.
Em uma época em que há tanto disponível nas prateleiras, pode parecer desnecessário criar algo com as mãos. Esse labor, no entanto, vai ao encontro de uma necessidade mais profunda: a reconexão com processos que se ligam à essência da própria vida. Mais do que o resultado material das atividades, o que importa é a transformação vivenciada no interior do próprio ser humano.
“Os pais terrenos oferecem proteção e ajuda para a época que o espírito necessita, a fim de conduzir de maneira plena e autorresponsável seu novo corpo terreno; depois, porém...”