Em briga de
marido e mulher, ninguém mete a colher,avisa o ditado popular. Mas, em que outras brigas, perspectivas e
desejos temos metido as nossas colheres? Muitas vezes as famílias esquecem que
há limites entre o coletivo e o particular, ignorando o respeito necessário
pelas escolhas e pelos anseios de cada membro. Para achar o equilíbrio não há
fórmula pronta: ceder quando for a hora, impor limites em outros
momentos, cuidar e deixar-se cuidar. Tudo faz parte de uma convivência que pode
gerar boas aprendizagens, desde que haja espaço para a autenticidade e para o
desabrochar singular de cada um.
Em uma época em que há tanto disponível nas prateleiras, pode parecer desnecessário criar algo com as mãos. Esse labor, no entanto, vai ao encontro de uma necessidade mais profunda: a reconexão com processos que se ligam à essência da própria vida. Mais do que o resultado material das atividades, o que importa é a transformação vivenciada no interior do próprio ser humano.
“Os pais terrenos oferecem proteção e ajuda para a época que o espírito necessita, a fim de conduzir de maneira plena e autorresponsável seu novo corpo terreno; depois, porém...”