“‘Esta paz matinal!… Não era como uma oração de agradecimento da natureza ao Criador?…’ Sem querer juntou as mãos. Um dominante e desconhecido sentimento de gratidão elevou-se de sua alma… Uma onda de força perfluiu-o, e o conceito de tempo desapareceu por alguns instantes. Sentiu-se arrastado para dentro de uma radiosa corrente de Luz da eternidade, que conduzia a um mundo de paz e amor. ‘Honra a Deus nas alturas!…’ é o que cantava e soava em seu íntimo, ao voltar do mundo de Luz que se abrira ao seu espírito…
Como que despertando, Jean olhou em redor. Ouviu novamente o rufar dos tambores e as vozes estridentes dos boys que trocavam gracejos em seu francês do Congo. Uma buzina estridente de automóvel, contudo, fê-lo voltar completamente ao presente. Passou a mão pela testa. O que lhe acontecera? Mais tarde pensaria sobre isso. Agora não tinha mais tempo. Retomando a caminhada, tornou-se dolorosamente consciente de que também ele não passava de um solitário peregrino na escuridão desta Terra…”
Roselis von Sass, África e seus Mistérios