“‘Esta paz matinal!… Não era como uma oração de agradecimento da natureza ao Criador?…’ Sem querer juntou as mãos. Um dominante e desconhecido sentimento de gratidão elevou-se de sua alma… Uma onda de força perfluiu-o, e o conceito de tempo desapareceu por alguns instantes. Sentiu-se arrastado para dentro de uma radiosa corrente de Luz da eternidade, que conduzia a um mundo de paz e amor. ‘Honra a Deus nas alturas!…’ é o que cantava e soava em seu íntimo, ao voltar do mundo de Luz que se abrira ao seu espírito…
Como que despertando, Jean olhou em redor. Ouviu novamente o rufar dos tambores e as vozes estridentes dos boys que trocavam gracejos em seu francês do Congo. Uma buzina estridente de automóvel, contudo, fê-lo voltar completamente ao presente. Passou a mão pela testa. O que lhe acontecera? Mais tarde pensaria sobre isso. Agora não tinha mais tempo. Retomando a caminhada, tornou-se dolorosamente consciente de que também ele não passava de um solitário peregrino na escuridão desta Terra…”
Roselis von Sass, África e seus Mistérios
“Já existiu algum inventor que descobrisse algo, sem antes estudar minuciosamente as leis da natureza, adaptando-se a elas cuidadosamente?
Nenhum processo técnico, por exemplo, pode desenvolver-se sem que o ser humano se oriente exatamente pelas leis inamovíveis da natureza.”
Roselis von Sass, Fios do destino determinam a vida humana.
Em nosso contexto, é raro haver silêncio interno e externo. Internamente, cada um está com a mente repleta de palavras: um fluxo incessante de pensamentos, que dificultam perceber o significado essencial. Ao mesmo tempo, não abrimos espaço para ouvir: mal escutamos o que vem de fora, especialmente se não confirmarmos nossas ideias, logo pensando em como defender a própria visão. Assim, a palavra frequentemente confunde e separa, em vez de servir de ponte para uma comunicação autêntica.
"Tentar subir às alturas sem fazer pontes firmes é como ver um filme avançando sempre as partes menos importantes no anseio de se chegar ao fim. Quando se vê, no descuido do afã, perdeu-se sem querer a própria história, com suas pequenas e entretecidas ligaduras.
Uma teia de costura falha, só no alinhavo, com pontos longos e distantes que, ao menor sacolejo, se rompe inutilmente."
Caroline Derschner