"No Reino da Atlântida desconheciam-se escolas. As crianças aprendiam tudo que deviam saber através de seus próprios pais. Desde pequenas eram acostumadas a todos os trabalhos em casa e no campo. Isto continuava até se tornarem adultas. Se então um dos filhos ou uma das filhas quisesse aprender algo que não pudesse ser ensinado no lar, passava a conviver como aprendiz junto a pessoas que tivessem as aptidões almejadas.
O povo era muito engenhoso, e tanto no norte como no sul havia grandes artistas e artesãos… No que se referia aos trabalhos em metal e pedras preciosas, bem como em escultura, não ficavam atrás dos povos posteriores que se tornaram célebres por suas obras de arte. Também não faltavam botânicos, geólogos e especialistas em tintas. No sul do país havia também alguns ‘estaleiros’. Aliás, construíam-se somente pequenas embarcações costeiras. Ao contrário de muitas suposições, os atlantes não eram um povo de navegadores.
Uma vez que não havia sacerdotes no país, as crianças aprendiam com os pais também tudo o que se referia à religião. A respeito do trabalho, esse povo de outrora tinha a mesma opinião que os incas. Dizia-se na Atlântida:
'A vida terrena é ligada ao trabalho! Até a morte terrena o ser humano deve fazer algo! Assim foi determinado outrora, quando surgiram as criaturas humanas!'”
Roselis von Sass, Atlântida. Princípio e Fim da Grande Tragédia