“- Os ursos querem que tomemos banho junto com eles! exclamou um dos incas, enquanto se dirigia até o urso que estava no meio do rio. Visivelmente contentes por tanta compreensão, todos os ursos se lançaram à água. Mergulhavam, arfavam e cutucavam sempre de novo os seres humanos que pescavam seus ponchos. Somente quando um dos incas jogou bastante água nos ursos, eles sossegaram, troteando rio abaixo.
- Temos de procurar um outro local para nossas casas de provisões! disse um dos mestres-de-obras. Encontramo-nos numa região pertencente aos ursos. Aqui eles têm suas tocas, onde hibernam e criam seus filhotes. Os ursos têm direitos anteriores aos nossos.
Naturalmente todos logo concordaram. Direito igual para todos. As cavernas, ninhos, etc., significavam para os animais o mesmo que para nós, seres humanos, as nossas casas. Conseqüentemente os mestres-de-obras foram para mais longe, construindo as casas de provisões afastadas da região dos ursos.”
Roselis von Sass, A Verdade Sobre os Incas