Existem divergências quanto à origem da festa junina, mas uma das versões sobre o seu surgimento conta que a festa vem de tempos muito antigos, anteriores ao surgimento da era cristã. Trata-se de uma reminiscência das festas agrárias, da era pré-cristã, em que o tempo era marcado através dos ciclos naturais. Há indicações de que o seu surgimento foi uma consequência do solstício de verão na Europa, Oriente Médio e norte da África, época em que o sol se afasta ao máximo do equador, caracterizando o dia mais longo e a noite mais curta do ano.
Nessa época, os povos celtas, bretões, bascos, sardenhos, egípcios, persas, sírios e sumérios criavam ritos e festas para agradecer as dádivas da terra, festejando também a fertilidade da natureza. Pela tradição, a festa consistia em celebrar a vida, o Sol e o fogo transformador que consome o velho para criar algo novo. Significava ainda uma comemoração pela colheita e o pedido para que o próximo plantio trouxesse fartura.
A história diz que os ritos associados ao cultivo das plantas e ao ciclo agrícola eram praticados nas diversas sociedades e culturas e em todos os tempos.
Estas festas mantiveram uma importância tão grande e forte através dos tempos que a Igreja, ao invés de condená-las, adaptou-as às suas comemorações.
Transformou-as em uma homenagem ao aniversário de João Batista, que teria nascido em 24 de junho, dia do solstício.